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Como as Resinas PCR Transformam a Economia Circular

Você sabia que mais de 300 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo, mas apenas 9% são recicladas? A maneira como lidamos com o plástico requer mudanças, e a resina de polímero pós-consumo (PCR) é uma das chaves para essa transformação. Descubra a seguir o que é a resina PCR e como ela contribui para a evolução de soluções de Economia Circular no país.

O que é resina PCR?

A resina PCR (siglas em inglês para o termo “Post-Consumer Recycled”) refere-se ao material reciclado com origem pós-consumo proveniente de embalagens que foram utilizados e descartados por consumidores. Este tipo de resina é obtido por meio de processos de coleta seletiva e encaminhado para a reciclagem, onde os materiais são limpos, triturados e transformados em resinas e posteriormente, transformados em novos produtos. 

Quando não transformados, esses materiais tendem a acabar em aterros, rios ou oceanos, se descartados inadequadamente, podendo levar até 400 anos para se decompor e contribuindo significativamente para a poluição ambiental. Portanto, a coleta seletiva e a transformação do plástico reciclado em novos produtos são importantes para evitar a poluição do meio ambiente e para que retornem ao ciclo econômico, seja como o mesmo produto ou em novas formas.

Quais materiais podem ser transformados em resina?

Diversos tipos de plásticos podem ser transformados em resina PCR atualmente. Entre eles estão o PET (polietileno tereftalato), utilizado em garrafas e embalagens; o HDPE (polietileno de alta densidade), encontrado em recipientes e sacolas; e o PP (polipropileno), comum em potes e tampas. 

O processo de transformação envolve coleta, separação, limpeza e processamento, permitindo a reutilização desses resíduos plásticos em diferentes formatos.

E qual a relação da resina com a economia circular?

Diferentemente do modelo linear de “extrair, fabricar, usar e descartar”, a economia circular concentra-se em reutilizar e reciclar materiais, mantendo-os em uso por tanto tempo quanto possível. Este modelo reduz a necessidade de extrair novos recursos e minimiza o impacto ambiental, reduzindo a quantidade de resíduos plásticos que acabam em aterros ou no meio ambiente.

Adotar a resina PCR em embalagens é um excelente exemplo de economia circular em ação. Ela ajuda a reduzir o volume de resíduos no meio ambiente e evita a extração desnecessária de recursos, quando poderíamos estar reutilizando. Esse tipo de resina tem um vasto potencial inexplorado. Na Yattó, possuímos parcerias com empresas fabricantes de resinas PCR. Confira o nosso portfólio de produtos.

Além disso, empresas que utilizam resina PCR podem beneficiar-se de incentivos fiscais e melhorar sua imagem junto a consumidores e investidores, que estão cada vez mais conscientes sobre questões ambientais e exigem das grandes corporações investimento em práticas ESG, economia circular e logística reversa.

Desafios na adoção da economia circular

Apesar dos inúmeros benefícios, há também desafios na adoção da circularidade, especialmente no uso da resina PCR. Estes incluem a necessidade de investir em tecnologia para coleta e processamento de plásticos recicláveis, a variação na qualidade da resina reciclada em comparação com a virgem e a dificuldade em educar consumidores e empresas sobre a importância da reciclagem e do uso de materiais reciclados. Nem toda empresa possui a expertise e a experiência necessárias para transformar cadeias tradicionais em circulares, daí a necessidade de contratar empresas especializadas no assunto, neste caso, a Yattó é uma delas.

Outro desafio recorrente é atender aos pré-requisitos da legislação que fala em responsabilidade compartilhada, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que defende a logística reversa e a economia circular como forma de erradicar aterros sanitários clandestinos e ao ar livre. Nos próximos meses, teremos também o Decreto de Logística Reversa, que desempenha um papel fundamental, exigindo das empresas a responsabilidade pela coleta e reciclagem de embalagens após o consumo e valoriza os trabalhadores da área com mais apoio socioeconômico para garantir melhores condições de trabalho e de vida.

Conscientização da indústria e mercado

Embora as empresas que vendem o produto final não sejam as mais responsabilizadas por adotar práticas de sustentabilidade que atendam ao novo perfil do consumidor e a uma produção mais sustentável que não agrida a natureza, a conscientização da indústria e do mercado quanto ao uso de resina PCR (resina pós-consumo reciclada) em embalagens e produtos é crucial para promover a economia circular e a sustentabilidade.

Para que a mudança seja eficaz, é necessário educar tanto a indústria quanto os consumidores sobre os benefícios ambientais e econômicos da resina PCR. Os fabricantes de embalagens, por exemplo, que fornecem materiais para grandes marcas, também podem liderar essa transformação, adotando resinas recicladas em seus processos de produção para fornecer às marcas embalagens sustentáveis. Quanto às marcas, elas devem aderir à transformação de cadeias tradicionais para circulares, comunicando esses esforços aos consumidores e incentivando assim uma maior demanda por produtos sustentáveis.

Enquanto consumidores, separar corretamente os resíduos gerados dentro de casa e consumir de maneira consciente são parte da nossa responsabilidade diária, mas não podemos esquecer de cobrar que a indústria adote essas boas práticas para uma transformação de mercado mais robusta.

E você, tem feito sua parte? Conte para nós quais as práticas mais sustentáveis você já adota no seu dia a dia.

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Comunicação Yattó
Gabrielle Maia
Assessoria de Imprensa
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