Desde 2021 A Yattó trabalha com materiais de difícil reciclabilidade visando desenvolver cadeias estruturantes de reciclagem para marcas e fabricantes de embalagens cujas embalagens que não costumam ser recicladas e tem como destino os lixões ou aterros sanitários, impactando, por fim, o meio ambiente e trazendo sérias consequências para as pessoas que vivem nas proximidades.

Por isso, desde que refizemos o nosso modelo de negócio, concentramos em embalagens que não costumam ser descartadas por inúmeros motivos, como a baixa valorização na venda da matéria-prima, assim como a impossibilidade de reuso desse material para outros fins. Neste caso, podemos começar contando que um dos nossos materiais são as embalagens flexíveis, fabricadas com materiais não rígidos, permitindo opções mais econômicas e personalizáveis para grandes marcas. Costumam ser utilizadas em indústrias que requerem embalagens versáteis, como as de alimentos e bebidas, cuidados pessoais, química e farmacêutica. Alguns exemplos comuns que vemos com mais frequência nas cooperativas são as embalagens de salgadinhos, biscoitos, chocolates, sabão líquido e por aí vai. Úteis no dia a dia e complexos na hora de reciclar. Costumam ser destinados a aterros nas cooperativas de catadores e já compõem, em média, 40% dos rejeitos que saem de lá. Apenas no Brasil são utilizadas cerca de 1,68 milhões de toneladas de embalagens por ano no Brasil, com taxa de crescimento de 2,9% ao ano, segundo dados do Maxiquim (2021).

Além dos flexíveis, com o tempo trabalhamos com projetos especiais para desenvolvermos a estruturação de outros materiais, como embalagens de cosméticos, cápsulas de café, óleo de cozinha, baldes de construção civil, latas e restos de tintas, copos de iogurte feitos de poliestireno, ráfias utilizadas no agro e até mesmo restos de pisos em cerâmica. Cada novo projeto especial e desafio que chega para desenvolvermos, entendemos como um novo mercado que se abre e a chance de aumentarmos a taxa de reciclagem do nosso país.

Outros Materiais e o Vínculo com Novos Projetos

Desde que assumimos o desafio das embalagens flexíveis, outras oportunidades de reciclar novos tipos de materiais surgiram:

• Cápsulas de café e bebidas com parceiros como Dolce Gusto, Nespresso e ABIC.
• Óleo de cozinha transformado em biodiesel em parceria com a Cargill.
• Embalagens flexíveis transformadas em madeira plástica, telhas, parque pet e inúmeros outros produtos em parceria com a Nestlé, MARS e Cargill.
• Ráfias de big bags do agronegócio viraram mochilas para marca de surf, em parceria com a Zaraplast, Mãe Terra e Atero.
• Copos de Danoninho em poliestireno da Danone viraram chapas de poliestireno para divulgação da marca.
• Latas de tinta e restos de tinta em parceria com a Suvinil 
• Cosméticos com o Grupo Boticário são destinados corretamente para a marca diariamente

As possibilidades de transformação desses materiais são inúmeras e variam conforme o serviço contratado por cada cliente. Por exemplo, para os clientes do nosso programa de economia circular, o Yattó Transforma, trabalhamos com a transformação de dois materiais principais: embalagens flexíveis e poliestireno. No caso das embalagens flexíveis, elas podem ser convertidas em novos produtos utilizando resina reciclada ou até mesmo em materiais promocionais para uso da própria marca no ponto de venda. Neste post sobre vantagem competitiva, mostramos como é possível incorporar o seu próprio material reciclado nos seus produtos como parte da estratégia ESG.